domingo, 5 de junho de 2011

Foi o seu olhar o que me encantou.

A respiração era calma, porem descompassada, as palavras eram ditas baixas, ou talvez não eram ditas. Sua calmaria, feições divinas. 
Uma musica tocava baixa no rádio, embalada nas batidas dos nossos corações.
A luz da lua atravessava minha janela e reflectia-se no teu rosto, cegando-me, domando-me, de amor, o mais puro amor. O sorriso estampado no teu rosto fazia me enlouquecer, me perder, entregar.
Abracei-a forte ao meu corpo, numa tentativa em vã de se fundir a mim, uma tentativa em vã de nunca mais ter que vê-la partir novamente. Lágrimas rolaram meu rosto, acalçando teu rosto colado ao meu. A possibilidade de acordar e não te ter comigo causava-me desespero.
Suas mãos tocaram-me gentilmente, fazendo meus olhos alcançarem os teus. Seus olhos castanhos, os mais lindos já visto, límpidos.

-Você está esperando por um trem. Um trem que vai levá-lo longe. Você não sabe onde esse trem vai te levar. No entanto, isso não importa. Agora, me diga por quê?

-Porque
 você vai estar junto!


-E sempre irei estar.



Um beijo se formou, sincronizado, no amor, na saudade, na urgência de amar.





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